Com Serra Acima Serra Abaixo, o cartunista e escritor Dante faz um hilário passeio pelo Paraná, da Costa Leste à Costa Oeste, e relata o Simpósio do Barreado, no qual centenas de notáveis (entre eles Alexandre Dumas, Geraldo Bolda, Luiz Geraldo Mazza e Henrique Vitamina) opinam sobre a origem do prato típico paranaense: "Afinal, o barreado nasceu em Antonina, Paranaguá ou Morretes?”
"Serra Acima Serra Abaixo: o Paraná de trás pra frente” é o novo livro de Dante Mendonça. Cartunista, jornalista e escritor, neotrentino radicado em Curitiba desde 1970, Dante de certa forma continua e amplia seu último livro, "Curitiba, Melhores Defeitos, Piores Qualidades”. Naquele, a capital era o tema. Neste, desfilam história, ficção, curiosidades, "causos” e aspectos pitorescos das cidades do Paraná, o "Brasil Diferente” de Wilson Martins. Serra Acima é o planalto, Serra Abaixo é o litoral.
Na Serra Acima, por exemplo, estão os Campos Gerais, com seu dicionário específico. Ou o leitor dele se serve antes de viajar para a região ou ficará muito complicado entender o que as pessoas querem dizer, em sua fala sincopada. É uma mistura de sotaque leitE quentE com termos campeiros, de sílabas e letras às vezes engolidas.
Qual é o berço do Barreado?
Serra Abaixo está o mar. Mas também está o berço do barreado, um prato de substância, talvez da beira do Atlântico, talvez de margens mais fluviais. Uma origem, pois, controvertida. Onde foi mesmo, de verdade, que nasceu esta mistura de carne e temperos que cozinha em fogo lento, por mais de um dia inteiro, na panela de pressão primitiva, barreada com "cola” de farinha, cinza e água? Antonina, Morretes, Paranaguá? A resposta exigiu um Simpósio do Barreado, de debates temperados pelo espírito de notáveis daqui e de alhures, de ontem e de hoje. Em debate que tem camerlengo pra garantir a lisura dos trabalhos, as falas às vezes são destemperadas, mas tudo termina em paz. Cód. Produto: 348
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